Trabalho de campo

A produção histórica da zona portuária do Rio de Janeiro e o projeto porto maravilha: memória, propostas e embates

Mediadores: Letícia Giannela

Proposta: A zona portuária do Rio de Janeiro vem passando atualmente por intensas transformações em face às intervenções decorrentes do projeto Porto Maravilha. Neste contexto, a área tem sido também objeto de inúmeras pesquisas que partem das mais diversas disciplinas, entre elas, a Geografia.

Segundo o discurso oficial, o projeto Porto Maravilha possui como objetivo revitalizar esta área específica da cidade tornando-a um centro de investimentos turísticos e de negócios. Ainda, a fim de que se possa legitimar tal discurso perante a população, representa-se a área como uma área morta, sem vida.

O projeto surge em correspondência estrita com o ideário neoliberal de produção do espaço urbano e assistimos a uma teia complexa de relações de poder onde os papéis de cada ator precisam ser revelados. Ademais, temos acompanhado e documentado, junto aos movimentos sociais que atuam na zona portuária, inúmeras violações de direitos em diferentes localidades da área que necessitam ser publicizadas.

É neste contexto que surge a proposta deste trabalho de campo. Durante a atividade, procuraremos mostrar um pouco da produção histórica do espaço portuário, suas condições atuais e as intervenções atuais e futuras do projeto Porto Maravilha. Nosso objetivo central será evidenciar que se trata de uma área viva e não morta como nos faz crer o discurso oficial do projeto. Procuraremos também apontar para os conflitos que vem sendo observados em diferentes localidades em decorrência da implantação do projeto, e instigaremos os participantes a pensar alternativas para a área que estejam em consonância com a memória daquela porção do espaço.

Roteirto: Central do Brasil – Morro da Providência (Sessenta, Cruzeiro, Oratório, Escadaria, Praça Américo Brum, Ladeira do Barroso) – Visita à ocupação Quilombo das Guerreiras – Visita aos barracões das escolas de samba mirins e dos grupos de acesso, em especial ao chamado Carandiru (onde está também a primeira escola de samba da cidade, Vizinha Faladeira) – Praça da Harmonia e Vila N. Sra. da Saúde – Morro da Conceição – Lgo. São Francisco da Prainha.